Voltei para ser feliz, sozinha.
- Há lugares que nos marcam e que fazem a cassete rebobinar e voltar ao tempo onde eramos felizes. Voltei a todos os lugares onde fui feliz, com pessoas que não sou mais. Obriguei-me a encarar a realidade do fim e de um novo início. Perceber que locais são apenas locais e que pessoas são apenas pessoas. Conseguir criar novas memórias a par com aquelas que fui vivendo e que hoje desbotaram a cor, são mais transparentes, mais gastas, mais pretas e brancas, esquecidas. E ao longo do tempo vão mesmo cair no esquecimento. Mas só caem se conseguir passar naquele sitio e lembrar-me de coisas além de ti, além daquele dia, além daquele jardim. Se me conseguir lembrar de coisas sobrepostas a isso tudo, mesmo que me continue a lembrar que foi ali que existimos e criamos um mundo, que não sobreviveu. Voltei ao sítio onde fomos felizes para ser feliz de novo e em cada recanto do pôr-do-sol descobrir um novo motivo para ser feliz ali, sozinha. Porque eu não vou limitar a minha vida de locais,